Páginas da vida.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Apesar de tudo - Parte 3

Quando olhei no relógio, já eram 9 da manhã. Então fui até a sala. Quando entro na mesma, vejo meu pai esticado ao chão. Vou ao teu encontro, sem reação, começo a chorar. Desesperadamente vou procurar minha mãe. Mais ela não está, porque costuma sempre ir até a padaria todo o dia a  esse horário. Então ao ver meu pai daquela forma. Me ajoelhei e perguntei pra Deus o "por quê" do meu pai estar jogado no chão. Não ouvi resposta, então corri para telefonar, para uma emergência. Disquei o número, tremendo e chorando. Falei rapidamente o que estava havendo. Logo depois de 25 minutos eles apareceram. Trajédia: meu pai havia falecido, há mais de 1h 30. Quando recebi a noticia, entrei em choque. Meu pai?! Morto?! Não... Então perguntei o que tinha ocorrido com ele. O moço me informou que meu pai havia falecido por motivo único chamado: leucemia. Então, completou:
- " A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. A medula é o local de formação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos, aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas."
Meu pai?! Com câncer?! Perguntei-me. Desviando o olhar para o moço insisti: Meu pai nunca teve problemas. Ele então olhou para mim e disse na unica frieza ( para acabar de vez comigo ):
 - Seu pai não teve muito tempo para descobrir sobre a doença... Por que ele estava muito ocupado... talvez embriagando-se! Eu sinto muito.
Então, minha mãe chegou, e me viu em desespero jogada ao chão. Ela desesperou-se. Olhou para o meu pai. E me disse que já sabia o que havia ocorrido. E que nós tinhamos que superar. Eu abracei ela, e disse:
- Mãe, ele se declarou ontem para mim. Mãe, o papai me amava... Me amava de verdade! - as palavras saiam mascadas, e as lágrimas dominavam a minha alma.
Como pode mãe? Toda vez que acontece algo, eu me ajoelho e pergunto para o "tal" Deus o por quê da situação. Porém, ele nunca responde...
Minha mãe pediu calma. Apenas calma. E falou que naquele momento, tinha que cuidar do velório do meu pai. Espera... velório?! Do meu pai?! Só de lembrar nisso, as emoções  voltam, como se tudo estivesse novamente acontecendo.
As horas passaram-se, e eu, estava lá do lado do caixão. Chorando e perguntando o "por quê". Estava na base do calmante. Não sabia mais como reagir...

5 comentários:

Nina disse...

Que triste!

Nossa! Quase que choro aqui!

Conseguiu passar uma emoção muito grande através deste post!

bjinhos

Nina

Andressa Tavares disse...

que triste mesmo viu D:
me arrepiei aqui

Raphaele C. disse...

Como o outro, tocante demais. A tristeza invade a gente, depois passa quando nos lembramos de que foram pessoas como a gente que escreveram algo tão, profundo como esse texto.

Beijos. :*

Anônimo disse...

Nossa, realmente muito triste :(

um beijo querida.

Anônimo disse...

Que triste. Me forcei para conter a emoção. Corri para ler os outros, e são tão sensíveis como este. Parabéns!
Beijoca.